Descubra por que você deve tomar cuidado com a quantidade desses três ingredientes na hora de dar comida ao seu filho
A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) publicou recentemente uma resolução que gerou controvérsias. Ela pedia para que os anúncios de produtos com altos teores de açúcar, sódio e gorduras trans e saturada tivessem um alerta sobre os problemas à saúde que podem causar. O objetivo era principalmente proteger o consumidor infantil. A resolução foi vetada pela Advocacia-Geral da União depois que o mercado publicitário e os fabricantes de alimentos questionaram sua legalidade. Polêmicas à parte, a verdade é que o excesso dos ingredientes acima causa muito mal ao desenvolvimento infantil. Com ou sem alerta nos anúncios, os pais devem observar melhor tanto os rótulos de alimentos como suas preparações caseiras. Ou melhor, precisam saber dosar as quantidades, já que eliminá-los da alimentação também causaria prejuízos. Agindo dessa forma, também vão ensinar os filhos a comer de uma forma sadia e evitarão doenças no futuro.
Conheça um pouco mais sobre cada um deles e aprenda algumas trocas interessantes para diminuir seu consumo.
Por que o açúcar é sempre um vilão: Nosso organismo não precisa de mais açúcar do que aquele encontrado naturalmente nas frutas. Mas quem resiste a um doce ou bolo? O jeito é consumi-los sem exageros - e ensinar as crianças a fazer o mesmo. É bom saber que o açúcar refinado, que a maioria das pessoas usa, é o mais problemático. "Ele não apresenta nenhum nutriente e por isso falamos que tem 'calorias vazias'", diz Patrícia Modesto, nutricionista do Departamento de Pediatria do Hospital e Maternidade Albert Einstein, em São Paulo. O açúcar mascavo é um pouco melhor, já que preserva as vitaminas e os sais minerais da cana-de-açúcar.
O grande problema do açúcar é que ele vicia. "Quando ingerido em excesso, ele vai depressa demais para a corrente sanguínea, queimando todas as etapas da digestão, fazendo subir o nível da glicose no sangue. O pâncreas é obrigado a produzir uma quantidade extra de insulina. A insulina abaixa o nível de açúcar rapidamente, causando a vontade de comer mais açúcar. Vira um círculo vicioso", explica Daniela Cyrulin, consultora de nutrição da Focca Nutrição e Sabor, em São Paulo. A criança vai querer comer mais e mais. E o excesso causa obesidade infantil, cárie e doenças crônicas no futuro, como diabete, problemas cardiovasculares, hipertensão e até mesmo câncer. Além disso, a acidez causada pela ingestão concentrada de açúcar predispõe o corpo a infecções. "Alguns estudos sugerem que o excesso de açúcar pode piorar o estado de crianças hiperativas ou com déficit de atenção", alerta Daniela.
Você não deve substituí-lo por adoçantes, como é sugerido para os adultos. O correto é ensinar desde cedo as crianças a gostarem de suco natural e frutas sem adoçar. Caso seja necessária a utilização, por exemplo, na limonada, você pode tentar trocar o refinado de sempre pelo tipo mascavo ou demerara, que pelo menos contém algumas vitaminas. Se for usar o refinado, cuidado com a quantidade!
O grande problema do açúcar é que ele vicia. "Quando ingerido em excesso, ele vai depressa demais para a corrente sanguínea, queimando todas as etapas da digestão, fazendo subir o nível da glicose no sangue. O pâncreas é obrigado a produzir uma quantidade extra de insulina. A insulina abaixa o nível de açúcar rapidamente, causando a vontade de comer mais açúcar. Vira um círculo vicioso", explica Daniela Cyrulin, consultora de nutrição da Focca Nutrição e Sabor, em São Paulo. A criança vai querer comer mais e mais. E o excesso causa obesidade infantil, cárie e doenças crônicas no futuro, como diabete, problemas cardiovasculares, hipertensão e até mesmo câncer. Além disso, a acidez causada pela ingestão concentrada de açúcar predispõe o corpo a infecções. "Alguns estudos sugerem que o excesso de açúcar pode piorar o estado de crianças hiperativas ou com déficit de atenção", alerta Daniela.
Você não deve substituí-lo por adoçantes, como é sugerido para os adultos. O correto é ensinar desde cedo as crianças a gostarem de suco natural e frutas sem adoçar. Caso seja necessária a utilização, por exemplo, na limonada, você pode tentar trocar o refinado de sempre pelo tipo mascavo ou demerara, que pelo menos contém algumas vitaminas. Se for usar o refinado, cuidado com a quantidade!
Os esconderijos do sódio: Ele é um mineral importante para o nosso organismo, pois ajuda a manter o volume dos líquidos no corpo, age na contração muscular, nos impulsos nervosos e até no ritmo cardíaco. Bonzinho? Nem tanto. Em excesso, complica o trabalho dos rins, que não vão conseguir eliminá-lo. Ele vai provocar a retenção de água e aumentar a pressão arterial, causando, com o tempo, problemas cardiovasculares e renais. E quem pensa que tudo isso é problema de adulto está muito enganado. É na infância que a história começa, e alguns pequenos já apresentam a pressão elevada mesmo antes dos 5 anos. Trata-se de uma doença silenciosa, geralmente descoberta sem querer em algum exame realizado por outros motivos. "As crianças com níveis de pressão arterial mais elevados, mesmo que considerados dentro de limites normais, tendem a evoluir ao longo da vida, mantendo uma pressão arterial mais elevada que as demais e apresentando maior probabilidade de se tornar um adulto hipertenso", alerta Tânia Rodrigues, diretora técnica da RG Nutri, Consultoria Nutricional, em São Paulo. Estudos realmente têm demonstrado que crianças com níveis de pressão arterial alterados apresentam maior probabilidade de se tornarem adultos portadores de hipertensão.
Bem, para tomar cuidado, onde encontramos o sódio? No sal que usamos para temperar a comida e na sua sacola de compras. Ele é bastante usado na indústria alimentícia por ter um efeito conservante e melhorar o sabor da comida. É só você observar os rótulos e vai encontrar as quantidades adicionadas e a porcentagem que ela ocupa na alimentação diária. Quase sempre é muito! Sopas prontas e embutidos são os campeões do excesso. Se você somar tudo o que seu filho come industrializado durante um dia, vai ver que é muito fácil ultrapassar a quantidade considerada saudável, que fica entre 4 e 6 gramas.
Bem, para tomar cuidado, onde encontramos o sódio? No sal que usamos para temperar a comida e na sua sacola de compras. Ele é bastante usado na indústria alimentícia por ter um efeito conservante e melhorar o sabor da comida. É só você observar os rótulos e vai encontrar as quantidades adicionadas e a porcentagem que ela ocupa na alimentação diária. Quase sempre é muito! Sopas prontas e embutidos são os campeões do excesso. Se você somar tudo o que seu filho come industrializado durante um dia, vai ver que é muito fácil ultrapassar a quantidade considerada saudável, que fica entre 4 e 6 gramas.
Gordura amiga e gordura inimiga: Primeiro, é bom lembrar (ou saber) que existem vários tipos de gordura. Temos dois grandes grupos: a gordura saturada (carnes gordurosas, bacon e laticínios integrais) e a insaturada. Essa última é dividida em três tipos: as monoinsaturadas (abacate e óleo de canola, azeite entre outros óleos vegetais), as poli-insaturadas (peixes) e a trans - encontrada em alguns produtos industrializados, como a margarina. O perigo está nas trans e no excesso das saturadas, que podem prejudicar o desenvolvimento do seu filho.
A gordura não deve nunca ser excluída da dieta infantil. Ela é fundamental para a formação do sistema nervoso, a manutenção da temperatura do corpo e a produção de alguns hormônios. Além disso, elas são importantes fontes de energia. "Se consumidas abaixo da quantidade indicada diariamente - 45 g para crianças de 1 a 3 anos, 60 g para os que estão na faixa de 4 a 5 -, podem provocar a carência de vitaminas A, D, E e K, levar à desnutrição e prejudicar o crescimento", diz a nutricionista Daniela. Mas, se ingere gordura em excesso, a criança estará ultrapassando a quantidade diária de calorias necessárias para seu bom desenvolvimento e pode acabar com sobrepeso. "Uma alimentação composta de gordura em excesso causa obesidade e predispõe a criança a uma série de doenças crônicas ainda na infância ou nas fases posteriores da vida, como diabete e hipertensão", avisa a nutricionista Patrícia Modesto.
A gordura não deve nunca ser excluída da dieta infantil. Ela é fundamental para a formação do sistema nervoso, a manutenção da temperatura do corpo e a produção de alguns hormônios. Além disso, elas são importantes fontes de energia. "Se consumidas abaixo da quantidade indicada diariamente - 45 g para crianças de 1 a 3 anos, 60 g para os que estão na faixa de 4 a 5 -, podem provocar a carência de vitaminas A, D, E e K, levar à desnutrição e prejudicar o crescimento", diz a nutricionista Daniela. Mas, se ingere gordura em excesso, a criança estará ultrapassando a quantidade diária de calorias necessárias para seu bom desenvolvimento e pode acabar com sobrepeso. "Uma alimentação composta de gordura em excesso causa obesidade e predispõe a criança a uma série de doenças crônicas ainda na infância ou nas fases posteriores da vida, como diabete e hipertensão", avisa a nutricionista Patrícia Modesto.
Trocas inteligentes:
* Sempre prefira alimentos naturais, em vez de comidas industrializadas.
* Na hora de fazer papinhas e outros pratos, troque os temperos industrializados e o sal pelos naturais, como cebola, alho, limão, gengibre, orégano, manjericão e alecrim.
* Prefira sucos naturais, em vez de refrigerantes e versões prontas. Quando comprar os industrializados, leia o rótulo, pois já existem fabricantes comercializando produtos sem conservantes e açúcar.
* Procure não oferecer nada com açúcar para bebês e crianças. A sobremesa deve ser fruta na maioria das vezes. Lembre-se de que os sucos não precisam ser adoçados e que as frutas devem ser ingeridas sozinhas, sem a necessidade de caldas, mel etc.
* No caso de usar açúcar, experimente os do tipo mascavo ou demerara, menos prejudiciais, já que contém algumas vitaminas.
* Evite biscoitos recheados e sorvetes cremosos, cheios de gordura trans. Troque lanches muito doces por frutas, sucos e salada de frutas.
* Use mais alimentos com gorduras monoinsaturadas e poli-insaturadas, como peixes, abacates e óleos vegetais.
* Sempre prefira alimentos naturais, em vez de comidas industrializadas.
* Na hora de fazer papinhas e outros pratos, troque os temperos industrializados e o sal pelos naturais, como cebola, alho, limão, gengibre, orégano, manjericão e alecrim.
* Prefira sucos naturais, em vez de refrigerantes e versões prontas. Quando comprar os industrializados, leia o rótulo, pois já existem fabricantes comercializando produtos sem conservantes e açúcar.
* Procure não oferecer nada com açúcar para bebês e crianças. A sobremesa deve ser fruta na maioria das vezes. Lembre-se de que os sucos não precisam ser adoçados e que as frutas devem ser ingeridas sozinhas, sem a necessidade de caldas, mel etc.
* No caso de usar açúcar, experimente os do tipo mascavo ou demerara, menos prejudiciais, já que contém algumas vitaminas.
* Evite biscoitos recheados e sorvetes cremosos, cheios de gordura trans. Troque lanches muito doces por frutas, sucos e salada de frutas.
* Use mais alimentos com gorduras monoinsaturadas e poli-insaturadas, como peixes, abacates e óleos vegetais.
Fontes: Daniela Cyrulin, consultora de nutrição da Focca Nutrição e Sabor; Patrícia Modesto, nutricionista do Departamento de Pediatria do Hospital e Maternidade Albert Einstein; e Tânia Rodrigues, nutricionista e diretora técnica da RG Nutri Consultoria Nutricional
retirado do site: http://bebe.abril.com.br/
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